Crianças X Animais de estimação

Last Updated on 16/06/2015′ by

O animal pode trazer muitos benefícios para a criança, como provocar diversos estímulos, ajudar o bebê a exercitar a coordenação motora fina e o forçar a treinar a engatinhar ou andar, tentando correr atrás do animal. O olfato, visão e audição são provocados pelos sons, cheiros e movimentos dos bichos.

Além de companheiros, um estudo realizado pela Universidade Loyola, em Chicago, mostrou os benefícios dos animais nos hospitais. Os investigadores afirmam que acariciar um cachorro pode ajudar pacientes internados a reduzir pela metade a quantidade de analgésicos que precisam tomar.

Cientistas norte-americanos já haviam revelado também que ter um animal é um ótimo aliado contra o estresse. Os donos dos bichos que participaram do estudo tinham a frequência cardíaca e a pressão arterial significativamente mais baixa se comparados com aqueles que não tinham um animal de estimação.

O mascote, sobretudo o cachorro, faz ainda com que a criança exercite sua autoridade num mundo de “adultos-juízes”, que arbitram sobre a vida dela o tempo todo. “Com o animal, ela terá a oportunidade de ser o juiz, mandar e desmandar. Além disso, expõe para a criança o significado de preservação à vida e de limite à dor”, diz a pediatra Sandra Oliveira Campos.

Cachorros, gatos, passarinhos, peixes, ratos e até ursos são figuras constantes no universo dos pequenos. Estão no abajur do quarto, no border do papel de parede. São heróis em filmes e em livros infantis. Essa relação é fomentada, criada, incentivada porque, acima de tudo, traz bem-estar. Estudos mostram que o contato com animais ativa áreas do cérebro relacionadas com as emoções. Não é por outro motivo senão a sensação de bem-estar, físico e mental, que terapeutas lançaram mão da terapia com animais para tratar crianças hospitalizadas ou com deficiências mentais. “É um excelente treino para a afetividade”, diz Sandra.

Mas lembre-se, não importa como seu cão é sociabilizado ou como sua criança é comportada. Cães e crianças pequenas nunca devem ser deixados sozinhos, por qualquer período de tempo, sem a supervisão de um adulto. Praticamente todos os casos de mordidas de cães em crianças pequenas são resultado de supervisão inadequada, mesmo sendo “só por um minuto”. Essas fatalidades poderiam ser prevenidas se os cães e as crianças fossem monitorados o tempo todo enquanto estivessem juntos.

Ainda que as conclusões da pesquisa mostrem bons motivos para ter um cachorro e um gato em casa, o pediatra e membro da diretoria de defesa profissional da Sociedade Paranaense de Pediatria Luiz Ernesto Pujol ressalta que elas não são totalmente definitivas, pois fazem parte de impressões científicas buscadas pela Medicina.

De acordo com o infectologista pediátrico do Hospital Pequeno Príncipe Victor Horácio de Souza Costa Júnior, os problemas respiratórios como amigdalite, bronquite, pneumonia e rinite alérgica são comuns no primeiro ano de vida, mas nem por isso os animais são sempre a melhor opção para evitar esses tipos de complicações. “Os pais não podem ignorar que manter bichos em casa não é uma situação totalmente inofensiva. O animal tem de ser bem cuidado, tem de ter boa higiene e é importante lembrar também que ele elimina pelo, o que nem sempre é bom para a saúde”, analisa.

O pediatra e membro da diretoria de defesa profissional da Sociedade Paranaense de Pediatria Luiz Ernesto Pujol relata que os resultados podem ser explicados pelo fato de que o bebê, ao manter contato com o bicho, produz mais anticorpos. “O que acontece é uma sensibilização. As crianças são expostas naturalmente a uma série de agentes agressivos e vão, aos poucos, criando resistência, como se fosse uma espécie de “vacina natural.”

Animal não é brinquedo

Animais de estimação são divertidos, companheiros e, ainda por cima, podem ajudar a manter a saúde das crianças. Mas é preciso tomar alguns cuidados, porque, afinal, cão e gato não são brinquedos e exigem atenção redobrada quando frequentam o mesmo espaço que os pequenos.

Na hora de decidir trazer um animal para casa, tanto pais como filhos precisam compreender e se adaptar à rotina dele. Geralmente, crianças mais ativas precisam de cães mais ativos, e aquelas mais tranquilas, de cães mais acomodados, segundo o diretor do Hospital Veterinário Santa Mônica, Roberto Lange.

O diretor ainda acrescenta que é imprescindível que os pais estejam cientes de que estão assumindo uma grande responsabilidade quando resolvem adotar um bichinho para o filho. “Num primeiro momento, a criança vai ter um apego enorme, mas aos poucos ela o vai deixando de lado e os pais precisam ficar atentos para ensiná-la a cuidar do novo membro da família com seriedade. Quando o filho é muito novo e ainda não tem noção do que é o animal, a tarefa é mais difícil.”

Melhores raças para crianças

A partir de um estudo feito pelo Kennel Club, as melhores raças de cachorro para o convívio com crianças são:

Golden Retriever
Labrador
Boiadeiro Bernês
Collie de pelo longo
Sheepdog
Boxer
Bulldog Inglês
Fox Paulistinha
Poodle Toy
West Highland White Terrier
Shi-Tzu
Bichon Frisé
Beagle
Lhasa Apso
Schnauzer miniatura

Fontes: http://www.cachorroideal.com
http://www.gazetadopovo.com.br/saude/conteudo.phtml?tl=1&id=1283262&tit=Bebes-criados-com-caes-tem-menos-doencas-respiratorias

E você mamãe tem animal de estimação em casa? Tem vontade de ter? Compartilhe sua experiência.

Beijos!!!!

Cléo

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10 Comentários

  1. Temos uma Lhasa Apso linda por aqui!! Ela chegou 1 ano antes do Daniel nascer. De inicio, ficou cheia de ciúmes, mas, hoje são grandes companheiros. Claro que nunca deixamos os dois sozinhos porque o Dan, às vezes, acha “bacana” puxar o rabo dela e ela, lógico, não gosta e tenta mordê-lo. Toda atenção é pouca quando se trata de bebês! Mas, a convivência é muito saudável. É lindo quando ele chega da escola e ela corre para cheirá-lo, demonstrando a saudade que sentiu!!

  2. Que lindo Myriam, acho importante e saudavel essa convivência, desde que a criança e o animal se de super bem, em casa temos dois poodles, desde que descobri a gravidez sempre ia falando com os pets e conforme ia comprando e ganhando enxoval, sempre mostrava e falava com os pets, quando os gêmeos nasceram, deixe eles ver os gêmeos. Hoje não desgrudam, se estão na sala eles ficam deitados juntos. Acho muito lindo esse afeto e carinho. Brigada por sua participação aqui, beijos triplos

  3. Claudia, mas acho que seja questão de tempo, também tenho dois poodles, eles chegaram bem antes dos gemeos, mas se comportam bem, beijo triplos

  4. Aqui em casa nós não temos nenhum bichinho de estimação, a não ser um peixinho.
    Na casa da minha sogra tem agora três cachorros, achei que a Sophia por estar sempre lá fosse gostar, mas nada, até fala no cachorro, ou o au au, mas é eles chegarem perto e ela foge, quer colo, encolhe as pernas.
    Vamos ver com o tempo como isso irá se resolver.
    Bjs, Fran http://www.aventurasdasophia.blogspot.com

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