Maternidade X Trabalho

Last Updated on 16/06/2015′ by

Maternidade X Trabalho

Como toda menina/mulher sempre sonhei em crescer, trabalhar, casar e construir uma família e ter uma profissão (claro que não foi aquela que falava quando era criança: professora), mas sou profissional na área financeira, e muito feliz.
O maior de todos era ser mãe, e logo que engravidei momento de muita alegria pra nós e todos da família, e essa se estenderam em maior proporção quando tivemos a noticia que seriam gêmeos. Sentia medo e uma mistura de sentimentos se daria conta, se continuava a trabalhar, como sairia como mãe de dois, cuidados, proteção, amor e carinho.
Tive uma gravidez normal (exceto o refluxo que me acompanhou durante os 7 meses), trabalhei até o dia de ganhar. E durante a gravidez pensava em continuar a trabalhar, não custava tentar e ver se realmente conseguiria equilibra trabalho x maternidade.
E hoje realizada em dose dupla, não imaginava que iria viver dias intensos e de muitas surpresas, corridos, desdobrar, pedir que dia tivesse mais que 24hs, contar com a ajuda da família em alguns momentos (principalmente quando ia passear) (hahaha).
Conversando com meu esposo ele deixou a livre escolha, e pediu que eu visse o melhor pra mim, a decisão seria totalmente minha, me apoiaria de qualquer forma. Optei por voltar ao trabalho por alguns motivos: próximo de casa, meio período e sempre preciso posso sair (claro sem abusos), lado financeiro  e a convivência social.Trabalho perto de casa, e tenho certa flexibilidade com o patrão, entramos num acordo, reduzimos minha carga horária nos primeiros 8 meses e ganhei o sábado livre ( trabalhava até as 12h). Desde o nascimento até hoje os gêmeos ficam com minha mãe e minha irmã.
Enquanto isso quem sempre ficou com os gêmeos foram minha mãe e minha irmã, após os 8 meses de “regalia” voltei ao horário normal das 8h as 17h com sábados livres e como sempre almoço em casa. Conseguimos fazer as refeições em família.
Aqui sempre fui adepta a “rotina” com os gêmeos, acho que é forma de manter tudo organizado e reservar um tempinho pra mim, só não é possível quando acontecem alguns imprevistos como doenças e viagens.O começo foi puxado, pois dependiam tudo de nós, cólicas, fraldas, mama, etc. O bom é que depois dos 3 meses eles  dormiam a noite inteira e cedo, sentia pouco cansaço, mas era suportável, achei que até ali não era tão péssimo . A partir do 1 aninho deles, as coisas começaram apertar um pouco mais, e ja sentia um pouco mais de cansaço , a rotina diária era mantida, mesmo assim comecei a sentir um pouco mais de cansaço,  exercia jornada tripla, trabalhar fora, filhos marido e casa. Afinal eu tinha duas crianças lindas que corriam pela casa, descobrindo e explorando tudo e cheios de energias.
Hoje os gêmeos estão com 3 anos, acordam as 8h da manhã, brincam, as 11h tomam banho, almoçamos juntos as 12h no meu retorno ao trabalho deixo eles na escolinha, e pego as 17h. À tarde fazemos um lanchinho, brincamos e conversamos (exceto o dia que chegam e querem tirar uma soneca), janta, e as 8/9h banho e berço, após esse horário mantenho a organização básica da casa, roupas aqui não posso deixar acumular pra lavar e passar (odeio, mas passo hahaha), nesse intervalo meu esposo chega, hora de dar atenção, conversar e saber como foi o dia dele e vice-versa.
E essa jornada de exercer várias funções tem me deixado um pouco cansada, sinto que minha mente trabalha 24 h do dia (hahaha) , assim como qualquer mãe sentiria quando começamos a nos cobrar tanto, seja ela mãe em tempo integral ou não.
Varias vezes ouvir dizerem: “você é doida trabalhar tendo gêmeos”, e sempre respondo: respeito à opinião, decisão e escolha de cada uma, a partir das escolhas que fizemos temos que suportar as conseqüências. E o fato de trabalhar fora não vai fazer ser menos ou mais mãe do que as demais. Eu aproveito muito os momentos que estamos juntos, procuro sim compensar essa ausência, mas agindo com cautela, compensar não significa fazer todas as vontades, ou deixar de falar um “Não” quando é preciso, ensinar a eles e que aprendam sobre limites.
Quem opta por conciliar as duas coisas, consegue desde que você divide as tarefas e conta com o apoio do seu parceiro, tudo flui, só não podemos querer tudo ao mesmo tempo, cansaço, indisposição, dias que queremos um momento só nosso e qualquer um sente, como costumo dizer:  “um dia daqueles” todos temos.
Penso que sozinha não é possível fazer nada nessa vida, e principalmente ser mãe, é necessário dividir a responsabilidade, educação, o lazer e ter uns minutos direcionados a nós. E isso só será possível se falar, pedir ajuda mínima que seja, mas dizer o que sente e o que deseja são coisas pequenas e detalhes que se transformam em atitudes pro começo de uma melhora individual e que poderá refletir no marido, filhos e todos que nos rodeiam, de forma positiva e poder respirar um pouco mais aliviada.
Mas também parabenizo aquelas mãe que abrem mão de tudo por conta do filho e se dedicar integral, cada uma com sua escolha, o importante é ser mãe, participar, amar, educar, proporcionar momentos felizes, lazer.

Ser mãe é viver tudo que um dia construímos num sonho e na pratica ver que é muito mais complexo, intenso, prazeroso e delicioso, mesclado de momentos de alegrias, duvidas, acertos e erros.

E como você como consegue conciliar maternidade x trabalho?

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