Querer é Poder?

Querer é Poder ?

Essa frase pode ter duas conotações. Se pensarmos por uma perspectiva otimista e de produtividade, sim, querer é poder! Você precisa querer, querer muito algo, se disponibilizar para ter, e realizar!

No âmbito financeiro, nem sempre querer é poder. E é ai que mora o perigo.

Vivemos em uma sociedade extremamente consumista e que não tem a menor educação financeira. Infelizmente, a grande maioria da população brasileira ainda valoriza o ter.  Talvez pelo fato de as coisas estarem relativamente equilibradas desde o início do Plano Real, mas essa geração tem muito mais acesso as coisas. Também tem o fato das coisas estarem mais acessíveis de uma forma geral, por conta do progresso e da melhoria da produtividade.

Querer é Poder?

Antes, era comum uma criança aguardar o aniversário, Dia das Crianças ou Natal para ganhar um presente. Hoje, por sorte, deixamos para essas datas os presentes mais caros ou mais desejados, mas não pesa tanto no bolso trazer uma lembrancinha para o filho, quando chegamos do trabalho (mostrar a ele que se lembrou, eventualmente com algo comprado, não é errado, ok?!?).

Toda essa segurança econômica desenvolveu em nossa geração esse falso sentimento de que querer é poder, mesmo no campo financeiro. Daí a dificuldade em guardar dinheiro. Daí a dificuldade em investir para um futuro de tranquilidade. Daí o endividamento desnecessário e nocivo. Daí as compras por impulso.

As lojas e as empresas, sabendo disso, fazem a parte delas. Nos induzem ao consumo através de textos publicitários tentadores, ofertas imperdíveis, e frases de efeito. Eles não estão errados, pois querem e precisam vender. Cabe a nós o controle do momento e da situação.

Não digo para parar o consumo. Consumir conscientemente é fundamental para a economia, e esse consumo consciente pode ser qualquer coisa, desde que esteja planejado e seja bom para ambos os lados: para você e para quem está vendendo.

Querer é Poder?2

Antes de comprar um bem novo, antes de ir ao restaurante, antes mesmo de adquirir planos estéticos ou outras coisas, use a cabeça, e converse com você mesma:

Preciso?

Tenho dinheiro?

Tem que ser hoje?

A resposta ideal deve ser SIM às 3 perguntas. E jamais caia na tentação de comprar na primeira vista. Em um shopping, por exemplo, procure sair do ambiente. Tome uma água, vá ao banheiro. Se possível, volte outro dia! Se a oferta não estiver mais ali, ao invés de remoer a compra não feita, celebre o dinheiro economizado. Nenhuma oferta é melhor que guardar o seu dinheiro, especialmente em momentos de crise, como atualmente.

Colocando em prática essa inteligência financeira, consumir passa a ser um ato consciente e ainda mais prazeroso porque não virá associado ao sentimento de culpa nem de vazio, causado por gastos desnecessários.

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