A Troca (Changeling – 2008)

Nos anos 20, uma mãe solteira Christine Collins (Angelina Jolie) descobre ao retornar do trabalho que seu filho de 9 anos, Walter (Gattlin Griffith) desapareceu.

Desesperada, ela reporta o fato para a polícia e enquanto testemunhamos seus esforços para tentar encontrar o garoto, começamos a perceber que as autoridades parecem muito mais comprometidas com tentar evitar a crítica da população, do que com buscar a solução do mistério.

Assim, cinco meses após o desaparecimento do garoto, Christine é avisada de que seu filho foi localizado e a história teria um final feliz, se o garoto, devolvido à mãe em meio a um circo criado para a imprensa, fosse mesmo Walter.

Daí em diante, o drama começa a sofrer inúmeras reviravoltas expondo uma polícia incompetente e corrupta e absurdos tão enormes que não caberiam nem na ficção e que ficam ainda maiores quando nos lembramos de que se trata de uma história real.

Com uma reconstituição de época impecável, o drama de Christine Collins é contado por Clint Eastwood com o mesmo espanto que temos quando vamos aos poucos tomando conhecimento daquela realidade.

Ao contrário do que alguns críticos chegaram a insinuar, Angelina Jolie está muito bem como Christine, e não há batom vermelho que consiga apagar o brilho dramático do retrato que ela pinta da mãe sofrida e impotente diante da força da autoridade.

John Malcovich também confirma a fama camaleonica em sua construção do Reverendo Gustav Briegleb, a única voz que se levanta a favor de Christine, quando a polícia procura ridicularizá-la publicamente.

Uma curiosidade interessante é que o título em inglês do filme “Changeling” se refere a lenda celta de que seres da floresta como duendes e gnomos sequestravam os filhos dos humanos e os trocavam por seus próprios filhos.

Bom, esse foi o primeiro do dia vou ver mais dois hoje.

🙂