Last Updated on 01/04/2012′ by Flavia Miranda
Eu tive coqueluche quando era bebê, e hoje soube que o filho de uma mãe que faz parte do meu face book está com essa doença.
Resolvi pesquisar para saber mais a respeito e depois do que eu li decidi publicar para divulgar.
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A coqueluche (pertussis) é uma infecção altamente contagiosa causada pela bactéria Bordetella pertussis, que produz episódios de tosse que habitualmente terminam em uma inspiração prolongada e profunda e com a produção de um som agudo (estridor, guincho).
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A coqueluche, outrora muito freqüente nos Estados Unidos e ainda um problema importante no mundo todo, vem se tornando novamente mais comum nos Estados Unidos desde o finalfinal da década de 1980. Epidemias locais têm ocorrido a cada 2 a 4 anos.
Um indivíduo pode apresentar coqueluche em qualquer idade, mas a metade dos casos ocorre em crianças com menos de 4 anos. Nem sempre um episódio de coqueluche confere uma imunidade total e permanente, mas um segundo episódio, quando ele ocorre, normalmente é discreto e nem sempre é diagnosticado como coqueluche.
Uma pessoa infectada dissemina os microrganismos da coqueluche no ar em perdigotos (gotículas de saliva) expelidos através da tosse. Qualquer pessoa nas proximidades pode inalálos e infectar-se. Uma pessoa com coqueluche geralmente deixa de ser infectante após a terceira semana da doença.
Estágios da Coqueluche |
Primeiro Estágio (Catarral) |
Segundo Estágio (Paroxístico) |
Terceiro Estágio (de Convalescença) |
Início |
Começa gradualmente 7 a 10 dias (não mais de 3 semanas) após a exposição |
Começa 10 a 14 dias após os primeiros sintomas |
Começa 4 ou 6 semanas depois dos primeiros sintomas |
Sintomas |
Espirros, lacrimejamento e outros sintomas semelhantes ao do resfriado; inapetência, apatia; tosse seca e incômoda, inicialmente noturna e, a seguir, diurna e cada vez mais freqüente; a febre é rara |
Episódios de tosse de 5 a 15 ou tosses mais rápidas e consecutivas, seguidas por uma inspiração profunda (inalação de ar rápida e profunda, a qual produz um ruído agudo, um estridor). Após algumas respirações normais, pode ocorrer um outro episódio de tosse. Uma grande quantidade de muco espesso pode ser expectorada através da tosse (o qual é geralmente deglutido por lactentes ou crianças ou que pode ser observado como grandes bolhas que saem pelas narinas), durante ou após o episódio de tosse. Um episódio prolongado de tosse ou o muco espesso podem provocar vômito. Nos lactentes, episódios de asfixia e de apnéia (paradas respiratórias transitórias), que podem fazer com que a pele se torne azulada, são mais comuns que os estridores |
Os acessos de tosse tornam-se menos freqüentes e graves; o vômito diminui; a criança tem melhor aspecto e se sente melhor. Podem ocorrer acessos de tosse ocasionais durante meses, normalmente iniciados por irritação decorrente de uma infecção do trato respiratório, por exemplo um resfriado |
Sintomas e Diagnóstico
Em média, os sintomas começam 7 a 10 dias após a exposição à bactéria causadora da coqueluche. As bactérias invadem o revestimento da garganta, da traquéia e das vias aéreas, aumentando a secreção de muco. A princípio, o muco é fluido, mas, a seguir, ele torna-se mais espesso e viscoso.
A infecção dura aproximadamente 6 semanas, evoluindo em três estágios: estágio catarral (sintomas leves semelhantes ao de um resfriado), estágio paroxístico (episódios de tosse intensa) e estágio de convalescença (recuperação gradual).
O médico que examina uma criança no primeiro estágio (catarral) tem de saber diferenciar a coqueluche da bronquite, da gripe e de outras infecções virais e inclusive da tuberculose, uma vez que todas essas doenças produzem sintomas parecidos. O médico coleta amostras de muco do nariz e da garganta com um swab.
A seguir, é realizada a cultura da amostra em laboratório. Quando a criança encontra-se no estágio inicial da doença, a cultura do material consegue identificar as bactérias responsáveis pela coqueluche em 80 a 90% dos casos. Infelizmente, a cultura dessas bactérias nas fases mais avançadas da doença é difícil, embora a tosse esteja em sua pior fase.
Os resultados podem ser obtidos mais rapidamente através do exame de amostras para detectar bactérias da coqueluche utilizando corantes de anticorpos especiais, mas esta técnica é menos confiável.
Complicações
As complicações mais comuns afetam as vias respiratórias. Os lactentes apresentam um risco especial de lesão devido à falta de oxigênio após períodos de apnéia (paradas respiratórias transitórias) ou episódios de tosse.
As crianças podem apresentar pneumonia, a qual pode ser fatal. Durante os episódios de tosse, o ar pode ser impulsionado dos pulmões para o interior dos tecidos que os circundam ou os pulmões podem romper e colapsar (pneumotórax).
Os episódios de tosse intensa podem causar hemorragia ocular, nas membranas mucosas e, ocasionalmente, na pele ou no cérebro. Pode ocorrer a formação de uma úlcera sob a língua quando esta é comprimida contra os dentes inferiores durante os episódios de tosse.
Ocasionalmente, a tosse pode causar prolapso retal (exteriorização do reto) ou uma hérnia umbilical, a qual pode ser observada como uma protuberância.
Os lactentes podem apresentar convulsões, mas elas são raras em crianças maiores. A hemorragia, o edema ou a inflamação cerebral podem causar lesão cerebral e retardo mental, paralisia ou outros distúrbios neurológicos. A otite média (infecção do ouvido) também ocorre freqüentemente em conseqüência da coqueluche.
Prognóstico e Tratamento
A grande maioria das crianças com coqueluche recupera-se completamente, embora a sua recuperação seja lenta. Aproximadamente 1 a 2% das crianças com menos de 1 ano de idade morrem.
A doença pode ser grave em qualquer criança com menos de 2 anos e é problemática mas raramente grave em crianças maiores e em adultos. Contudo, são as crianças maiores e os adultos com a forma leve da doença que geralmente transmitem a coqueluche para as crianças menores.
Os lactentes gravemente doentes geralmente são internados porque eles necessitam de cuidados de enfermagem e de oxigênio. Eles podem necessitar de tratamento em uma unidade de terapia intensiva. Esses lactentes geralmente são mantidos em um quarto escuro e silencioso e são perturbados o mínimo possível.
Um distúrbio pode provocar um episódio de tosse, o qual pode causar dificuldade respiratória. As crianças maiores com um quadro leve não necessitam permanecer confinadas ao leito.
Durante o tratamento, pode ser realizada a aspiração do muco da garganta. Em casos graves e quando for necessário, é realizada a colocação de uma cânula (tubo) traqueal para a liberação direta de oxigênio aos pulmões. Os medicamentos contra tosse são de valor questionável e geralmente não são prescritos.
Pode ser realizada a administração intra-venosa de líquidos para se repor os líquidos perdidos durante os episódios de vômito e porque a tosse pode impedir a alimentação da criança. A boa nutrição é importante e, para as crianças maiores, é melhor fracionar a alimentação em pequenas refeições freqüentes.
O médico geralmente prescreve o antibiótico eritromicina, com o objetivo de erradicar as bactérias causadoras da coqueluche. Os antibióticos também são utilizados para combater as infecções que acompanham a coqueluche (p.ex., pneumonia e otite média).
Prevenção
As crianças são vacinadas sistematicamente contra a coqueluche. Em geral, a vacina contra coqueluche é combinada com as vacinas contra a difteria e o tétano, a vacina DTP (difteriatétano- pertussis). O antibiótico eritromicina é administrado como medida profilática às pessoas expostas à coqueluche.
Fonte: mmspf.msdonline.com.br
Obrigada pelas informações querida…..bjussss
otimo post amiga. é sempre bom ficar de olho