Descolamento prematuro de placenta
Last Updated on 18/06/2013′ by Mães Brasileiras
O descolamento prematuro de placenta (DPP) é a separação entre a placenta e o útero, que ocorre em gestações com mais de 20 semanas e antes do parto. Em consequência há sangramento e falta de oxigênio e nutrientes ao feto, ocasionando sofrimento fetal. A gravidade está relacionada com as repercussões sobre o feto e organismo materno.
Classificação:
Pode ser classificado em grau I, grau II ou grau III.
Grau I: a paciente geralmente apresenta-se assintomática, sendo feito o diagnóstico pelo exame histopatológico da placenta, pelo qual é visualizado o hematoma;
Grau II: a paciente apresenta sinais clínicos, hipertonia uterina e sofrimento fetal. O feto ainda apresenta-se vivo;
Grau III: ocorre o óbito fetal.
Fatores de risco:
A etiologia do DDP é desconhecida, porém, alguns fatores podem contribuir para a sua ocorrência. São eles:
Hipertensão arterial (fator mais importante);
Mioma uterino;
Traumatismo abdominal;
Tabagismo;
Uso de cocaína;
Anemia e má nutrição;
Alcoolismo;
Idade acima de 35 anos.
Sinais e Sintomas:
A paciente pode apresentar hemorragia externa, quando o sangue passa entre as membranas e o útero; ou hemorragia oculta, quando o sangue fica entre a placenta e o útero. Neste caso, o diagnóstico é mais difícil de ser realizado.
O quadro clínico clássico da DPP se apresenta por hipertensão, sangramento vaginal escuro durante a segunda metade gravidez, sofrimento fetal e hipertonia uterina.
Diagnósticos diferenciais:
O principal diagnóstico diferencial é a placenta prévia, mas devem ser realizados diagnósticos diferenciais com outras patologias que também cursam com hemorragia na segunda metade da gravidez, além da placenta prévia, como rotura uterina, rotura do seio marginal e da vasa prévia.
Diagnóstico:
O diagnóstico do DPP é clínico, baseado nos sintomas que a paciente apresenta. A ultrassonografia é utilizada para localização placentária, e consequentemente afastar o diagnóstico de placenta prévia. Os exames laboratoriais tem como objetivo rastrear as complicações do DPP, como anemia, choque hipovolêmico e discrasia sanguínea.
Tratamento:
A intervenção no DPP depende da vitalidade fetal, visando salvar a vida do concepto, quando possível. Quando o feto ainda está vivo preconiza-se a realização de cesariana se o parto não estiver iminente, se estiver, parto vaginal. Na presença de feto morto, baseado na dilatação do colo, deve ser feito parto vaginal ou cesariana.
Complicações:
As complicações mais frequentes do DPP são choque hipovolêmico com insuficiência renal aguda e necrose hipofisária; e coagulação intravascular disseminada.
Fonte aqui