Hiperêmese Gravídica, o que é isso?

Last Updated on 16/04/2013′ by Mães Brasileiras

Entenda a hiperêmese gravídica

Recentemente uma mãe que acompanha nosso blog através do Instagram, pediu que falássemos sobre hiperêmese gravídica, algo que ela esta passou nos primeiros meses de gravidez, achei o nome estranho, e logo fui saber sobre o assunto.
E foi uma surpresa, pois com base nos sintomas “eu tive” hiperêmese gravídica na gravidez dos gêmeos e não o aumento do meu refluxo como disse ginecologista obstetra, mesmo usando medicamentos para o refluxo, não obtive êxito e melhora nos sintomas, nada parava no estômago. Isso me acompanhou a gravidez inteira, engordei apenas 8 kg, por conta dos enjôos freqüentes, foi o único sintoma de negativo que tive durante a gravidez.

A hiperêmese gravídica tornou-se mais noticiada depois de levar ao hospital, em Londres, em dezembro, a duquesa de Cambridge, Kate Middleton, com náuseas que não deixavam nada parar no estômago e a cantora Ivete Sangalo chegou a perder um bebê em 2008 pelo mesmo motivo. A doença é rara, mas quando diagnosticada, exige internação e acompanhamento de perto. Mais de 55% das mulheres que engravidam têm hiperêmese gravídica, caracterizada pelas crises de vômito no início da gestação, entre a quarta e a sexta semana. Elas ficam mais intensas da oitava até a 12ª semana e cessam no começo do quarto mês. De acordo com a literatura médica, o mal-estar é mais frequente nas ocidentais do que nas orientais e nas africanas, mas a razão dessa maior incidência é desconhecida. Mas o que se esconde por trás desse nome difícil?

Define-se a hiperêmese pela presença de vômitos persistentes associados à perda de peso acima de 5% da massa corporal anterior à gravidez, além do acúmulo de corpos cetônicos na urina (cetonuria), resultado da metabolização de gorduras para a obtenção de energia. Geralmente, ocorre no primeiro trimestre de gravidez.
Especialistas dizem que a condição não é comum, acontece somente em 0,3% dos casos. Em outras palavras, apenas três grávidas em mil passam pelo incômodo, que inclui sintomas bastante desconfortáveis para a mulher. Basicamente, são vômitos incoercíveis com perda de peso acelerada e desidratação, chegando a quadros extremos de disfunção hepática ou renal. A diferença entre a hiperêmese gravídica e os quadros normais de enjôo na gravidez é a intensidade. No primeiro caso, a paciente acaba percebendo que a náusea ultrapassa os níveis normais e procura um médico. A situação é tão desagradável que muitas mulheres pensam duas vezes antes de engravidarem novamente. Algumas relutam em aceitar a idéia de gerar um segundo filho por temerem a repetição das mesmas condições.

A origem do problema, aliás, é desconhecida, mas existe uma tese mais aceita pelos médicos: Acredita-se que essa náusea severa é provocada por um aumento nos níveis hormonais. No entanto, a causa absoluta é ainda incerta. Estudos mais recentes têm colocado em evidência fatores genéticos. Filhas de mães que sofreram de hiperêmese gravídica desenvolvem a condição três vezes mais que as outras mulheres. Outro dado importante é o de que a doença pode surgir com mais freqüência durante a gestação de gêmeos.
Apesar de não haver um método de prevenção, existem diversas linhas de tratamento, que vão desde a orientação quanto a uma dieta mais adequada até a acupuntura, passando por psicoterapia, acupressão e massoterapia. Também é indicada a hidratação intravenosa ou a associação de remédios antieméticos, anti-histamínicos e antirrefluxo. Em último caso, indicamos a introdução de nutrição parenteral, ou seja, alimentação por outra via que não oral, geralmente pela veia.
Não há a necessidade de repouso integral, mas a gestação pode ser considerada de risco, já que há a possibilidade de desidratação grave. Se o problema for tratado a tempo, dificilmente haverá riscos para o feto e a mãe. Em geral, como a hiperêmese gravídica tende a melhorar na segunda metade da gestação, a tendência é de não haver conseqüências após a gravidez.

Alguma mamãe já passou ou esta passando por isso? Compartilhe.

Posts Similares

5 Comentários

  1. Olá,
    Tive nas minhas duas gestações e na primeira acabei perdendo o bebe!! Graças a Deus consegui segurar na segunda gestação..
    Perdi 5 kg, nada parava no estômago.. Depois do 4° mês passou..
    Quero engravidar novamente, mas tenho medo de passar por tudo isso novamente, tendo uma menina de 3 anos que precisa de cuidados, casa, marido etc.. Os enjôos eram muito fortes e eu não tinha força p/ nada! Agora sabendo o nome da “doença” posso ter mais cuidados na próxima gestação.. Adorei o post!!!

  2. Ola Suzana, nossa no seu caso levou ao aborto, mas na época foi diagnosticado que era hiperêmese? Então é fato que merece muita atenção. Desejo boa sorte, e sabendo um pouco mais do quadro, fica mais fácil de lidar. Muito grata por seu comentário, beijos triplos

  3. Nossa esta é uma doença grave mesmo…Não conhecia os sintomas… Ainda bem que já esta sendo diagnosticas pelos médicos assim é melhor.
    Belo post Cleo… Bjs
    Vivi e Isaac

  4. Parabéns pelo post… Claro e preciso! Tive hiperemese severa, perdi minha bebe no 7. mes… perdi 20 kg na gestação… é muito difícil conseguir informação a respeito da hiperemese…alguns medicos acham que é frescura, outros não são muito adeptos de dar esclarecimentos… não se sabe o motivo e não tem tratamento… tomei todos os anti-histamínicos do mundo e nada resolveu… fiquei internada 3 vezes com desidratação e desnutrição. Agora penso em engravidar de novo, mas estou apavorada, pq a hiperemese traz riscos reais não só para o bebe como para mim também…

Deixe eu saber que você passou por aqui, comente!