As ilusões que impedem a separação

Last Updated on 23/02/2008′ by Flavia Miranda

Resolvi postar o texto abaixo, porque já passei por momentos difíceis num relacionamento anterior ao que tenho hoje. E foi muito complicado separar sentimentos, havia sempre a dúvida e o medo, medo de estar fazendo a escolha errada, afinal eu vivia em constante chantagem emocional. Um dia uma médica terapeuta disse que eu não era responsável pela infelicidade do meu então companheiro, sendo assim não podia carregar nos meus ombros um peso que não me pertencia. Era isso! Eu não tinha parte naquilo e mesmo assim cedia, porque na verdade o que eu sentia era pena, não queria aumentar a dor de uma pessoa que apesar do meu amor de mulher ter findado havia ainda um carinho pelo ser humano que ali estava.
Chegando á essa conclusão, enchi o peito de coragem e parti. Senti-me leve, com um peso a menos, pronta para recomeçar.
Tomei a decisão acertada e por ter tido essa coragem hoje sou imensamente feliz.
Tenho pelo menos três amigas passando por esse momento delicado e espero que elas consigam passar por tudo, e seja qual for a decisão de cada uma, que saiam vitoriosas!

Se você não é feliz no relacionamento que tem, o melhor é admitir isso, em vez de esperar que um milagre aconteça. Esperar pela mudança que no fundo você sabe que não acontecerá pode comprometer sua saúde física e mental.

Como afirma o terapeuta americano, num relacionamento entre duas pessoas, as ilusões não são truques mágicos: são mentiras que o outro nos prega ou que nós pregamos em nós mesmos, na tentativa de não aceitar que estamos vivendo com alguém com quem a felicidade é impossível.

Segundo ele, há quatro maneiras comuns de cair em ilusões:

Acreditar que pode transformar o(a) parceiro(a). Lembre-se que o único comportamento que você pode controlar é o seu próprio.

Não distinguir entre atração física e amor. A carência e o desejo de amar podem confundir.

Estabelecer relacionamentos com mentirosos habituais. São manipuladores, distorcem a realidade e não valorizam a verdade nem os sentimentos do(a) parceiro(a).

Estabelecer relacionamentos com pessoas agressivas, que dizem amar mas que, na verdade, gostam mesmo é de controlar. É o auge da manipulação e da mentira.

Admitir estar vivendo de ilusões não é mesmo fácil: pode nos deixar envergonhados diante de nós mesmos, como se fôssemos infantis ou ingênuos. Mas é melhor enxergar logo a realidade do que continuar se enganando e, de repente, sofrer uma desilusão causada pelo(a) parceiro(a).

Como buscar uma saída de emergência:

Se você já sabe que a relação caminha para a separação, ou se pretende se separar, ainda que o(a) parceiro(a) não queira, as imagens mentais podem ajudar a se acostumar com as dificuldades de confronto (ou com a nova vida). Elas preparam o inconsciente para a rejeição que já é pressentida ou mesmo para a difícil atitude de romper.

Exercite algumas dessas sugestões:

Visualize, diariamente, a situação de confronto: a conversa na qual você romperá a relação. Avalie todas as possíveis reações do(a) parceiro(a) e como você agiria.

Visualize também a sua vida sem o(a) parceiro(a), lembrando-se de que o começo será difícil por ser uma fase de adaptação.

Imagine-se livre, sem a tensão de precisar dar satisfações ou de se esforçar para que o clima não fique muito pesado.

Se viver sozinho(a) lhe causa insegurança, imagine-se independente e vivencie o medo por alguns minutos. Depois concentre-se em outra coisa. Algum tempo depois, evoque a imagem de viver só por mais alguns minutos, e assim sucessivamente. Este exercício diminui as imagens negativas no seu inconsciente.

É saudável ser otimista, mas não é sadio manter uma atitude positiva diante de uma situação negativa. Ou seja, em vez de tapar o sol com a peneira e fingir que está tudo bem, não negue suas emoções fortes ou constatações de que a relação não vai bem.
Não dá para ser feliz com um desses tipos

Por Fernanda Dannemann

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