Convidada especial: Sandra Kautto que escreve o texto “Onde é o lugar do bebê?”

Last Updated on 14/06/2015′ by

Nossa convidada de hoje é a mãe do Elias, autora do blog “Made In Brazil”

Com o texto: Onde é o lugar do bebê?

Quando recebi o convite da bonita da Flávia para blogar com vocês fiquei pensando sobre o que escrever? E justamente nesse tempo umas 3 amigas recém paridas reclamavam da mesma coisa: Meu bebê só quer estar no colo! O que eu faço pra ele não ficar mal acostumado? Confesso que essa pergunta me causou um mal estar tremendo, porque não conseguia (e não consigo) “ver o problema” em o bebê querer estar no colo. Mas antes que a primeira pedra possa ser lançada vem comigo nessa viagem ao fantástico mundo da maternidade real.
O bebê humano é um dos poucos mamíferos que nasce prematuramente em relação aos demais mamíferos, sabiam disso? E olha que quando estamos grávidas sentimos que é uma eternidade os 9 meses de espera. A verdade é que somente 9 meses após o nascimento o bebê humano atinge a mesma maturidade que os outros mamíferos possuem pouco dias após o nascimento. Ainda na gravidez comecei a buscar leitura básica sobre cuidados com o bebê, higiene, sono e desenvolvimento, mas foi somente após o nascimento do meu pequeno menino que minha leitura passou a ter mais foco: SONO. As mamães que me conhecem a mais tempo sabem do meu drama com relação ao sono do meu filho, corrigindo, meu EX-drama, porque isso faz parte do nosso passado. E foi durante minha peregrinação em busca de soluções para o sono do meu bebê que encontrei uma psicóloga MARAVILHOSA, Laura Gutman, e o seu livro me abriu uma nova porta para a maternidade, um encontro comigo mesma e conseqüentemente um encontro com meu pequeno bebê.  Tá Sandra, mas como é que o colo, o nascimento supostamente prematuro do bebê humano, o sono e a Laura Gutman se relacionam? Se joga comigo, falei que ia ser uma viagem!!!
O bebê durante os 9 primeiros meses tem algumas necessidades básicas: comunicação, contato e alimentação permanente (nessa ordem). * Então que quando falamos de necessidades básicas estamos nos referindo àquelas que NÃO PODEM ser negligenciadas. Ou seja meu povo lindo, o bebê PRECISA estar no colo, pois só assim ele conseguirá comunicar-se, ter contato e alimentar-se. Mas daí a mãe malcriada responde: Tá, mas como faz pra comer, tomar banho, cagar, dormir, enfim, ser gente com um bebê pendurado no colo 24h por dia? E eu sinceramente digo que nem de longe é fácil, divertido ou a melhor coisa do mundo a ser fazer durante 24h do dia, mas posso garantir com total propriedade que logo, logo seu bebê pequenino, indefeso, extremamente dependente, demandante, chorão e muitas vezes irritante, irá crescer, e queira ou não, o seu colo já não será o lugar preferido dele.
Eu levei alguns meses para entender como isso era intenso e verdadeiro, mas quando finalmente compreendi a importância de ter meu bebê sempre pertinho aconchegado no meu colo, comprei um sling! Pois é, respondendo como é que faz pra viver 24h com um bebê pendurado no seu colo, slingando! Até os 5 meses do Elias eu só podia contar ocasionalmente com meu esposo (quando ele estava em casa) para ajudar a cuidar do Elias, e por conta disso  muitas vezes enquanto meu bebê estava tranquilo dormindo no sling, eu chorava. Chorava de desespero, cansaço, raiva, mais cansaço, novamente de desespero! Foram 5 meses de intensa aprendizagem e conhecimento mútuo. Ouvi milhares de vezes a seguinte frase clássica: “esse menino só vive no teu colo, você precisa acostumar ele a ficar no carrinho, no bebê conforto ou no berço. Do contrário ele vai ficar mal acostumado/midado e vai sofrer muito”. E hoje esse mesmo menino que só vivia grudado nessa mãe que vos escreve tem 1 ano e 7 meses e o único momento em que ele QUER ficar míseros 5 minutos no meu colo é antes de ir dormir. Eu poderia escrever mais uns 10 parágrafos mostrando as vantagens do bebê estar no colo da mãe, da avó ou alguém que o ame e cuide, mas daí vocês iam me achar ainda mais chata, por isso vou parando por aqui!
Lembrem-se sempre de “ouvir” o instinto materno, ninguém (nem a super nanny) pode saber o que é melhor para a relação mãe-bebê do que você e o seu bebê.
Beijos ILUMINADOS,
Sandra Kautto
Citação direta: *Gutman, LAURA. A maternidade e o encontro com a própria sombra, 2010.

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9 Comentários

  1. Ai, Sandra…a gente recebe tantas interferências quando se tem um bebê, né?! Ainda mais sendo mãe de primeira viagem!! Demorei uns meses para tomar as rédeas da situação e ligar aquele botão, sabe (fica feio escrever aqui)?! Entendo perfeitamente o que vc fala e acho que é bem isso aí!! Ouça seus instintos e segura a onda. Não é fácil pra ninguém!! Mas, vamos lembrar que muito mais difícil deve ser para os bebezitos que não estão entendendo bulufas e não sabem falar pra dizer o que sentem…por isso, eu também sou a favor do colo!! Beijos e parabéns pelo texto!

  2. Que lindo post!!! Realmente é cansativo um bb no colo o tempo todo, mas eu adoro!!!! Meu Matheus tb fica no berço, carrinho, chão, bb conforto, cercadinho, tem 1 ano (fez dia 06). Mas qd chego perto estica os bracinhos pra vir no colo!!! E não resisto, dou um pouco, depois brincamos, largo de volta no berço ou outro lugar, ai ele brinca mais, e mais um tempo pede colo, e tudo recomeça!!! Amo ser mãe, meu colo é dele, espero que mesmo que cresça ele queira colo de mãe!!! Bjs
    http://matheusmeucoracao.blogspot.com.br

  3. Penso assim. Enquanto eu puder, carrego. Lara está com 2,2. Pede pra ficar no sling, às vezes, em casa, do nada. E ficamos slingando…. cantando e nos amando. “Qué colinho”… e páro o que estiver fazendo e rodopiamos co colo. Ah! gente, por favor…. até hoje eu peço colo pra minha mãe….. e ela dá! Vou negar a um bebê? Lindo texto. BeijoBeijo. Andrea e Lara. http://coisas-da-lara.blogspot.com.br

  4. Quando estamos grávidas, e depois que nascem, além das informações em livros, revistas, sites, blogs, amigas, aparentes que buscamos, sempre temos os “palpites” das pessoas, sempres nos dizendo “não faz isso..”, “faz aquilo…”, “isso não pode…’, e assim vai indo,mas cada caso é um caso, uma coisa que deu certo com o filho de alguém não quer dizer que dará com o nosso.
    Eu nunca usei sling (pq particularmente não me agradou), mas sempre fiquei com o Gui no colo, acostumei ele tbm a ficar no berço, cama, sofá, (carrinho não quis), mas sempre que ele desejou ou precisou meu colo estava e ainda está pronto pra ele, apesar dele quando menor não ser muito fã de colo, a não ser para dormir ….
    Parabéns pelo seu texto, adorei !!!

    Beijos Mi Gobbato
    http://espacodasmamaes.blogspot.com.br/

  5. amiga acredita q eu ñ me lembro dos momentos de colo com a Clarice? hj em dia ela ñ gosta d colo, raramente vem pro colo, os unicos momentos d colo q ñ me esqueço nunca foram nas hrs das mamadas! ai sim, foi ate 1 ano sempre juntinha d mim tomando mamadeira no meu colinho, depois disso ela mesmo se jogou e adeus colinho da mamãe! mas é isso, axo q o colo faz parte do desenvolvimento, agora ñ adiante me perguntar “vc deu muito colo?” q eu NÃO ME LEMBRO MESMO! kkkk bjsss

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